Preciso ser um outro
para ser eu mesmo
Sou grão de rocha
Sou o vento que a desgasta
Sou pólen sem insecto
Sou areia sustentando o sexo das árvores
Existo onde me desconheço
aguardando pelo meu passado ansiando
a esperança do futuro
No mundo que combato
morro
no mundo por que luto
nasço
(Mia Couto, 1999)
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