terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Ainda assim,eu me levanto

Você pode me riscar da história com mentiras lançadas ao ar.
Pode me jogar contra o chão de terra,mas ainda assim como a poeira,eu vou me levantar.
Minha presença te incomoda?
Por que meu brilho te intimida?
Por que eu caminho como quem possui  riquezas dignas do grego Midas.
Como a lua e com o sol no céu,como a certeza da onda no mar
Como a esperança emergindo na desgraça
Assim eu vou me levantar.
Você não queria me ver quebrada?
Cabeça curvada e olhos para o chão?
Ombros caídos como as lágrimas, minh'alma enfraquecida pela solidão?
Meu orgulho o ofende?
Tenho certeza que sim,
Por que eu rio como quem possui outros escondidos dentro de mim.
Pode me atirar palavras afiadas, dilacerar-me com o seu olhar
Você pode me matar em nome do ódio,
mas ainda assim,como o ar,eu vou me levantar.
Minha sensualidade incomoda?
Será que você se pergunta porquê eu  danço como se tivesse um diamante onde as coxas se juntam?
Da favela,da humilhação imposta pela cor,eu me levanto
De um passado enraizado na dor,eu me levanto
Sou um oceano negro profundo na fé crescendo e expandindo-se como a maré.
[...]








Maya Angelou

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